Daniel Costa, que tem 27 anos, lembrou que esta não é a primeira vez que sofre críticas na carreira. Porém, pediu para o torcedor lembrar um pouco do que foi feito não só por ele, mas por todo o grupo no ano passado, na campanha que culminou no acesso à Série A. Daniel marcou sete gols na Série B, sendo quatro de bola parada.
- Torcedor é paixão e isto é normal. Eu não sou mais nenhum menino. Não é a primeira vez que eu passo por isso na minha carreira e estou calejado. Só acho que, pelo que fiz aqui no ano passado, onde nós colocamos o Santa Cruz, o torcedor devia ter um pouco mais de paciência. Não só comigo, mas com todos do grupo. Mas é compreensível porque eles sempre querem ganhar e sempre jogando bem.
O jogador, porém, disse que a atitude de todo o grupo sair de campo junto ao fim do jogo não é uma tentativa de blindá-lo das vaias. Isso é uma situação combinada mesmo antes do Estadual começar.
- Isto é uma coisa que a gente tinha combinado antes do campeonato começar. Vai ser uma tônica sair junto no intervalo e no fim do jogo para mostrar que o nosso grupo está unido sempre.
O técnico Marcelo Martelotte também falou sobre as vaias para Daniel Costa. E lembrou de outra cobrança de pênalti: a que abriu o placar de 3 a 0 sobre o Mogi Mirim, jogo que culminou no acesso do Santa Cruz após nove anos longe da elite do futebol brasileiro.
- Não é só com Daniel. Vimos algumas situações com jogadores que tiveram papel importante no acesso da equipe. Que a memória do torcedor é curta, a gente sabe. Não sei se posso chamar de exagerada. Ele pegou a bola para bater o pênalti. Vamos lembrar que o pênalti mais difícil da temporada, ele colocou a bola debaixo do braço e fez. O pênalti do acesso. O torcedor, muitas vezes, já está com má vontade e quando se erra um pênalti, isso aumenta. Mas ele tem experiência para passar por cima disso.